Junto a constante evolução do mundo moderno, emerge, em proporções diretas a desigualdade social no Brasil, uma herança do período colonial, que teve como fator de desenvolvimento à influência ibérica, à escravidão e as posses latifundiárias. Questões como o racismo, descriminação de gênero, alta tributação de impostos e o desequilíbrio da estrutura social, somente vão se atenuando a desigualdade brasileira.
Desigualdade econômica
Esta relacionada a má distribuição de renda em determinada região.
O Brasil não só continua sendo um dos países mais desiguais
do mundo, como está piorando: em 2020, seguindo uma tendência mundial acelerada
pela pandemia do novo coronavírus, a concentração de renda aumentou no país e,
com isso, atingiu o pior nível em pelo menos duas décadas. É o que mostram
números da edição de 2021 do relatório sobre riqueza global feito pelo banco
Credit Suisse.
Em 2020, quase a metade da riqueza do país foi toda para a
mão do 1% mais rico da população: 49,6%. Em 2019, eles detinham 46,9%. É também
o pior nível de concentração de renda desde pelo menos 2000, de acordo com o
relatório: naquele ano, o 1% mais rico era dono de 44,2% das riquezas no Brasil
e, em 2010, esse número havia caído para 40,5%, a menor proporção registrada no
período. Dali em diante, essa proporção voltaria a subir até chegar aos quase
50% do ano passado nas mãos do pequeno grupo que ocupa o topo.
Desigualdade de gênero
Ocorre quando há privilégios de um gênero em detrimento do
outro. É um problema antigo ,porém que infelizmente ainda está arraigado na
sociedade, devido ao patriarcalismo ,em que a mulher é excluída da participação
efetiva nos espaços públicos.
Em 2019, conforme o Fórum Econômico Mundial, o Brasil
ocupava a 92ª posição em um ranking que mede a igualdade entre homens e
mulheres num universo de 153 países. As mulheres brasileiras estão sub-
representadas na política, têm remuneração menor, sofrem mais assédio e estão
mais vulneráveis ao desemprego. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o
Brasil é o quinto país do mundo em número de feminicídios.
Conforme o IBGE, em 2017, as mulheres brasileiras ganhavam
em média 24% menos que os homens e eram mais afetadas pelo desemprego (13.4%)
do que os homens (10,5%). Quando as pesquisas são estratificadas entre mulheres
brancas e negras, observa-se que entre estas a taxa de desemprego era ainda
maior, 15,9% contra 10,6% entre as mulheres brancas.
Desigualdade Racial
Consiste em diferença de oportunidade e condições de vida em
função da etnia, esta é resultado de processos políticos, históricos e sociais,
pautado na crença de superioridade de alguma ‘’raça’’. No Brasil, um fato que
contribuiu para o desenvolvimento da desigualdade foi a escravidão, muito
difundida no período colonial.
O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e a cor da
pele é um elemento estruturante da diferença de grupos. A desigualdades racial
é refletida em diferentes condições de educação, renda e emprego dessa
população. Apesar de os negros serem cerca de 54% da população os índices
socioeconômicos não são proporcionais em toda a população. A Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicilio(PNAD) do IGBE mostra essa disparidade entre vários
aspectos.
O estudo de desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil
mostra que a informalidade atinge mais pretos e pardos, como é a definição do
IBGE, do que brancos.
Acesso à educação, às políticas públicas, ao mercado de
trabalho. Quanto mais portas como essas se abrem, maiores são as oportunidades
que a população negra tem de se mover dentro da estrutura da sociedade.
População indígena é tratada de maneira precária no DF
Segundo estudo inédito da Companhia de Planejamento do
Distrito Federal (Codeplan), indígenas que vivem no Distrito Federal têm menor
renda e menor nível educacional que o restante da população do DF. Os indígenas
habitam o Planalto Central há pelo menos 8 mil anos. Mesmo assim, não existem
terras indígenas demarcadas no DF. Isso dificulta tanto a coleta de dados
quanto o atendimento à essa população.
Atualmente, segundo o estudo População indígena – Um
primeiro olhar sobre o fenômeno do índio urbano na Área Metropolitana de
Brasília, com base nos dados do Censo Demográfico de 2010 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6.128 indígenas moram no DF, o
equivalente a 0,24% dessa população no Brasil. Considerada a área do entorno do
DF, em Goiás, esse número chega a 7.790. A maior parte vive na área urbana,
97%.
O estudo mostra que os indígenas têm renda inferior ao
restante da população do DF. Mais da metade, 55%, declarou perceber,
individualmente, mais de um a três salários mínimos mensais; 24,8% recebem até
um salário mínimo. Apenas 4,7% desse grupo têm rendimento superior a cinco
salários mínimos.
Desigualdade Regional
Diz respeito a desigualdades existentes entre regiões,
estados ou cidades.
A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o Brasil
entre os dez países mais desiguais do mundo, no que diz respeito às condições
socioeconômicas. Ao mesmo tempo em que o país possui cidades e regiões bastante
desenvolvidas como é o caso das regiões Sul e Sudeste, é possível encontrar
outras que têm índices de desenvolvimento bem menores, como as regiões Norte e
Nordeste.
Essas desigualdades vão muito além da renda das pessoas e
passa por questões de acesso a saúde, saneamento básico, transporte e
infraestrutura. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que leva em conta a
qualidade de vida da população, demonstra que no Brasil, a Região Sudeste conta
com a as melhores condições de vida, seguidas pela Região Centro-Oeste, Sul,
Norte e Nordeste. Esta última concentra os piores indicadores relacionados à
educação, saúde e renda.
A imagem abaixo mostra a desigualdade entre regiões do
Brasil, segundo o Coeficiente de Gini, referente a desigualdade de renda.
Vídeos sobre desigualdade social no Brasil
Autor(a):Ericka Rayanny Silva da Silva.
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